Os Papas e as Previsões de São Malaquias
Artigo de Moacir Sader
Quando da surpreendente renúncia do papa, anúncio feito por ele, publicamente e durante o período do carnaval de 2013, o primeiro pensamento que me ocorreu foi sobre as previsões de São Malaquias, previsões essas ligadas às sequências dos papas e de que teríamos somente mais um papa depois de Bento XVI, antes do final dos tempos.
Nos últimos anos, as previsões futuristas foram, basicamente, embasadas nas previsões Maias para o dia 21/12/12. Isso ocorreu por ser a data em que o calendário Maia terminaria. Ainda que o término do calendário Maia não significasse o final dos tempos, foi quase impossível não se pensar nisso, sendo que o dia tão aguardado chegou e, como eu havia dito ao inserir mensagem no meu sítio na Internet, inspirado que fui pelas informações recebidas ao canalizar o livro “Conspiração interdimensional” no início de 2012, o dia 21/12/12 foi um lindo e normal dia terreno.
Entre tantos videntes famosos, um deles vinha passando à margem de estudos e de referência: São Malaquias. Agora, inegavelmente, ele voltará a ser referenciado, até porque, ao estudar sobre este santo da Igreja Católica, surpreendemo-nos com a sua capacidade de vidência, algo qualitativo e com precisão quase cirúrgica.
Ainda que fizesse previsões surpreendentes sobre os papas e sobre o futuro da Terra, Malaquias foi um padre importante na Igreja, galgando destacadas posições ecumênicas e dedicando-se plenamente à vida religiosa, tanto que, por conta desse especial trabalho religioso, foi canonizado santo pelo papa São Clemente III em 1190.
Nascido na Irlanda em 1094 e falecido em 1148, chegou a ser arcebispo de Armargh, bispo de Connor e delegado do papa em seu país. Contudo, no ano de 1138, resolveu largar os postos importantes da Igreja, renunciando ao bispado e às honrarias de suas funções e voltou à sua origem de simples monge, com inegável espírito de humildade.
O que chama à atenção em sua capacidade de vidência é a diferença dele em relação a outros videntes, visto não ser cientista, médico ou alquimista, mas, sim, um importante membro da Igreja Católica, exatamente da Igreja que repudiava qualquer arte de adivinhação, como de resto, profecias e ocultismo e agia com pulso firme nessas questões, chegando à implacável morte aos que eram chamados de bruxos.
Mesmo neste contexto adverso, as visões proféticas de Malaquias tiveram início exatamente quando ele visitou Roma pela primeira vez, em 1139, estando, na época, com 45 anos. Ele visualizou cenas referentes ao futuro da Igreja e de todos os papas. Sentindo-se atormentado com essas imagens, Malaquias orou aos céus e foi intuído a documentar tudo, mas, que fosse evitada a literalidade das informações recebidas. No prazo de apenas um ano, ele havia redigido mais de 113 frases curtas que descreviam cada papa até a destruição da Igreja.
Malaquias apresentou as suas anotações ao papa Inocente II. Ele ficou muito preocupado e bem abalado com as informações e mandou escondê-las. Por isso, durante 400 anos, as profecias foram mantidas lacradas em Roma, sendo redescobertas somente no século XVI, quando saíram publicadas no livro sob o título “Lignum Vitae (Árvore da Vida) por um monge chamado Arnoldo de Wion”. Deste modo, as incríveis previsões de Malaquias passaram a ser conhecidas.
Diferente de outros videntes que usam charadas e versos, que de certa forma se adaptam a muitos contextos, Malaquias não confundia datas, apresentava tudo de forma cronológica e com surpreendentes acertos.
Assim, com a sua impecável vidência, Malaquias enumerou, com extraordinária precisão, todos os papas futuros até o último, associando a cada um uma frase ou uma referência, que apresentava inegável correlação com cada papa efetivamente escolhido pelos diversos conclaves ao longo da história futura da Igreja no último milênio.
Neste artigo, não me preocupei em fazer referência a muitos papas, focando-me nos últimos e mais próximos de nosso tempo, ou seja, João Paulo I, João Paulo II, Bento XVI e sobre o próximo a ser escolhido a partir de 28/02/2013 em novo conclave.
A frase dita por Malaquias sobre Albino Luciani - João Paulo I e sucessor de Paulo VI - foi: “De Medietate Lunae” (da metade da lua).
Com essa frase, era possível ver que ele não teria um papado normal sendo também, indicado com “vítima”, o que pode ter ligação com a sua morte misteriosa, 33 dias após ter sido eleito papa. Além disso, ele foi ou seria, por sua natureza, mediador entre as correntes: progressista e conservadora da Igreja, o que reportaria à posição de estar na "metade da lua", mediando as das duas partes da lua, ou mais propriamente, as duas correntes antagônicas da Igreja.
Com a morte de João Paulo I, foi escolhido, como novo papa, o polonês Karol Wojtyla, que em homenagem ao seu rápido antecessor, denominou-se João Paulo II. Malaquias, para este papa, havia escrito a frase “De labore Solis”. (relação ao trabalho e ao Sol, ou seja, muito trabalho em seu papado).
A palavra trabalho pode ter ligação com Wojtyla por ser filho de operário e, também, por seu trabalho intenso como operário espiritual, tendo tido um papado com marcas de intensa dedicação e interligação às diversas religiões do planeta e, para isso, viajou muito.
Com relação à palavra Sol, este é um símbolo do Oriente, pois o Sol nasce do oriente, como também nasceu Wojtyla. Além disso, o Sol também tem ligação com a propaganda da época feita pelos comunistas. A Polônia tinha esta ideologia política e João Paulo II posicionou-se em sentido contrário com muito trabalho em prol do "Sol Religioso".
Depois de João Paulo II, veio Joseph Alois Ratzinger, nascido em Marktl am Inn, Alemanha, intitulado Bento XVI, que surpreendeu o mundo com a renúncia, em fevereiro/2013, de um papado que não chegou a oito anos. Sobre este Papa, a previsão de Malaquias dizia: “De gloria olivae” (Da Glória da Oliveira).
Embora o Papa Bento XVI não pertencesse à Ordem Beneditina, ele escolheu o nome Bento em homenagem a São Bento, que foi o fundador da ordem beneditina. Esta ordem é conhecida como a Ordem dos Beneditinos de Monte Oliveto e o símbolo da Ordem inclui um ramo de oliveira. Daí a inegável ligação de Bento XVI com a frase “de gloria olivae”.
O principal livro que estou utilizando, em referência, para escrever este artigo é “As profecias de São Malaquias” de Alfred Tyrel, publicado quando o papa era João Paulo II, escolhido em 1978. Portanto, não se sabia, logicamente, quem seria o seu sucessor.
Quando confrontamos as previsões feitas no passado e verificamos a sua ocorrência no futuro, podemos ver, no caso de Malaquias, a sua admirável eficiência, tal como visto ao referir-se ao papa que viria depois de João Paulo II.
Ainda sobre o papado de Bento XVI, Malaquias disse que ele não seria longo, tal como está escrito no livro de Tyrel: “O pontificado do Santo homem eleito sob a epígrafe de ‘De gloria Olivae’ não terá longa duração”.
As previsões de Malaquias além da sequência papal, enfatizam, ainda, que depois do papa “De Gloria Olivae”, teríamos somente mais um papa e para este ele não se limitou a escrever uma epígrafe, falou mais amplamente ao escrever o que via em suas visões:
Durante a última perseguição à Santa Roma Igreja estará sentado Pedro Romano pastoreando suas ovelhas entre muitas atribulações; transcorridas estas atribulações, a cidade das sete colinas será destruída e o Juiz implacável julgará seu povo. Que assim seja. (texto reproduzido do citado)
O autor do livro referenciado nos diz que existe um intervalo entre a eleição de Pedro II e o fim de Roma, ou mais amplamente entendido ao que Malaquias disse como sendo o fim do mundo. Nesse período, que pode não passar de um ano, segundo o que se depreende das previsões de Malaquias, haveria intensa perseguição religiosa e utilização de armamento, quiçá a terceira guerra mundial, período que o anticristo seria conhecido.
No meu livro digital: “Previsões, 2012, como e quando tudo acontecerá?” reproduzi a imagem extraída do livro de previsões de Nostradamus em que ele enxergou, em um das visões proféticas, a imagem do papa sendo assassinado por um militar, ensejando a possível destruição de Roma a partir do símbolo principal que é o papa.
Tal como me referi no livro sobre 2012, a figura acima apresenta-se impressionante, tanto por si, quanto por remeter-nos à terceira revelação de Fátima que ainda não foi totalmente informada pela Igreja e, pelo que se sabe, tem a ver com a destruição de Roma, tanto que João Paulo II chorou ao tomar conhecimento dela.
A destruição de Roma é literalmente dita por um vidente de dentro da Igreja, São Malaquias, inter-relacionando-se ao que já fora dito por Nostradamus e pelo que, muito provavelmente, consta da terceira revelação de Fátima.
As previsões de São Malaquias impressionam por sua precisão, remetendo-nos, também, a outro pensamento, qual seja, se tudo vem acontecendo tal como planejado por forças do astral, há que se ter cuidado e ver tudo criticamente, considerando que, tal como consta no meu último livro “Conspiração interdimensional” há forte manipulação por seres do astral, especialmente daqueles da quarta dimensão, isso acontecendo em todos os ramos terrenos, tudo com objetivos nefastos.
Com a publicação do meu livro “Conspiração interdimensional” e a revelação de questões até então mantidas sob total sigilo na Terra, vemos que é preciso conhecer essas verdades ocultas e lutar contras as forças nefastas que estão infiltradas ou influindo em tudo que existe na Terra, para que nos possamos rebelar e romper com essas amarras para que, efetivamente, possamos trilhar no caminho espiritual elevado e em verdadeira ascensão espiritual e mudar não somente o nosso futuro na Terra como, também, em outras dimensões.
Quanto a Malaquias e às suas previsões, devemos aguardar a escolha do novo papa e ver se ele terá o nome de Pedro II ou alguma relação com o nome “Pedro”, que pode estar no seu nome de batismo, considerando que, entre os candidatos, existem alguns com esse nome ou sobrenome.
Mais do que isso, vamos aguardar os acontecimentos sobre o restante das previsões de Malaquias, sobre a dita destruição de Roma inicialmente e, depois, o final dos tempos.
Contudo, após canalizar o livro “Conspiração interdimensional”, ainda que tenham ficado evidenciadas as influências negativas de outra dimensão sobre as pessoas terrenas, uma esperança resplandeceu, tal como nos apresenta o romance, no qual vemos seres de dimensões espirituais elevadas ajudando-nos em prol de uma mutação profunda a partir do conhecimento de verdades até então ocultadas e da transformação interna para nos livrarmos, de uma vez por todas, de nossos algozes da quarta dimensão e passarmos a criar, livremente, o nosso futuro e um maravilhoso planeta/lar para nós e para os nossos descendentes.
Seria isto o início do cumprimento do desejo de Jesus “...haverá um só rebanho e um só Pastor"? (João 10,16). Neste campo socioreligioso – assunto muito discutido e debatido - vemos hoje “ovelhas” espalhadas por todos os lados, famintas, feridas, machucadas, discriminadas, afastadas umas das outras e, quando ligadas a alguma religião, parecem concorrentes entre si, cada um somente pensando em “seu rebanho” e, às vezes, deixando de lado a figura dócil da ovelha para converter-se em lobo devorador...
Cremos, portanto, não haver razão alguma para a ocorrência de destruição da vida terrena, embora a mutação da visão religiosa possa ou deva, de fato, ocorrer no futuro.
Papa Francisco I
Inegavelmente, todos os que conhecem as previsões de São Malaquias podem ou devem estar se perguntando se Malaquias se equivocou, em sua vidência, no tocante ao novo papa, especialmente porque o papa não se utilizou do nome “Pedro” e nem possui “Pedro” em seu nome de registro.
É certo que praticamente todas as outras referências feitas por Malaquias relacionadas aos papas foram metafóricas e muitos viam ou pensavam que a última previsão para o novo papa fosse literal, ou seja, que Malaquias, ao dizer "Pedro Romano" concernente ao último, este deveria adotar ou ter o nome “Pedro” de nascimento.
Porém, ao interpretar ou pesquisar sobre o nome “Francisco”, escolhido pelo atual papa, é de se entender, mais corretamente, que a previsão de Malaquias, ao se referir ao novo papa como sendo: “Pedro romano”, fosse provavelmente e também uma alusão metafórica e não literal como se pensava.
E por que é possível entender que a referência de Malaquias também para o papa escolhido em 2013 pudesse ter o cunho metafórico?
O nome “Francisco”, escolhido pelo papa, em homenagem a São Francisco de Assis, pode explicar perfeitamente a referência de São Malaquias, uma vez que, no nome de batismo de São Francisco de Assis, contém o sobrenome “Pedro”, ou seja, Giovanni di Pietro di Bernardone e, além disso, Giovanni nasceu na Itália em 1182, (quando o território ainda fazia parte do Império Romano do Oriente – deixando de sê-lo no ano de 1453), portanto, São Francisco de Assis poderiam muito bem ser chamado de o “Pedro romano”, tal como referido por Malaquias.
É realmente fascinante a capacidade de Malaquias em vislumbrar os acontecimentos futuros no que tangem aos papas de forma tão certeira, ainda que metaforicamente. Tal capacidade é de assustar e nos fazer refletir sobre a história espiritual da Terra, questionamento este feito profundamente no meu último livro canalizado e publicado em 21/12/12.
Vale destacar, eu continuo pensando o que defendi neste artigo, escrito antes da escolha do novo papa, de entender que não estamos na eminência fatal do final da vida terrena, mas, certamente diante de uma grande transformação nas visões religiosas, quem sabe seja essa a conotação mais adequada à referência de São Malaquias quando disse que os pilares de Roma serão destruídos no advento do papado de Francisco I?
Essa mudança, sabemos, pode mesmo acontecer, até porque, certamente, as religiões se desviaram do que, de fato, Jesus ensinou quando esteve em nosso planeta e é preciso ocorrer importante ajuste na rota espiritual da Terra tal como ficou evidente no meu último romance “Conspiração interdimensional”.
Luz, amor e conhecimento.
Moacir Sader
Mestre de Reiki Usui, Karuna e da Chama Violeta