Conhecimentos científicos sobre Torus podem validar o símbolo Torusthá
Por Tainá Barreto

O símbolo Torusthá foi transmitido por Jesus a uma iniciada de Reiki em 15/novembro/2015 em sintonização realizada pelo Mestre Moacir Sader

Descobrindo os símbolos

Os primeiros símbolos de Reiki foram redescobertos por Mikao Usui em 1922, um monge budista, praticante de artes marciais e conhecedor de técnicas holísticas. Mikao Usui era praticante de Kiko, uma prática semelhante ao Qigong ou chi kung chinês, que tem por objetivo o trabalho da meditação, respiração e exercícios físicos que movimentam a energia do praticante.

Buscando descobrir um sistema de cura onde o praticante não usasse da própria energia (energia ki) ocasionando em seu desgaste físico após a prática e inspirado pela habilidade de cura de Cristo, Mikao meditou no monte Kurama e permaneceu em jejum por 21 dias. Seu objetivo era alcançar o conhecimento da cura. Ao completar 21 dias de meditação e jejum, Mikao Usui teve a experiência de expansão de consciência através da qual canalizou o conhecimento da prática do Reiki, como deveria ser ensinada e os símbolos de Reiki, acompanhados de seus respectivos mantras, visualizados e ouvidos durante esta experiência. No mesmo ano Mikao Usui fundou a primeira escola de Reiki.

Mikao, mesmo antes de partir em sua jornada para descobrir a prática de cura do Reiki, ensinava aos seus alunos que utilizassem mantras para se conectarem a alguns elementos específicos de energia, pois “cada indivíduo aprende de maneira única, apenas um aparato não é prático para servir a humanidade”. (Alunos de Suzuki San).

Mikao Usui era um conhecedor de inúmeras práticas holísticas. Sua busca genuína por uma técnica de cura fez com que o primeiro mestre de Reiki mantivesse sua mente e coração abertos para o conhecimento provindo de esferas superiores. Seu estado meditativo possibilitou a súbita compreensão da prática do Reiki. Seu conhecimento, desde então, tem sido transmitido ao redor de todo o mundo e é o principal objetivo da prática: expandir e alcançar o máximo de pessoas para que sejam si mesmas conhecedoras desta prática energética capaz de promover cura para indivíduos e o planeta.

A seguir, compartilho o trecho do manual Usui Reiki Hikkei, nas palavras de seu fundador, Mikao Usui:

“Desde tempos antigos, sempre que alguém desenvolveu um método secreto, buscou ensinar o conhecimento às pessoas da família, como um legado para gerações posteriores. Esta ideia, de não abrir ao público e manter o método sagrado na família, é realmente um mau costume do século passado. Nos tempos modernos nós devemos viver juntos. Isso será a base da felicidade, seriamente querendo o progresso social. É por isso que eu definitivamente não permitirei manter isso para mim mesmo. Nosso Reiki Ryoho é uma ideia criativa, que ninguém desenvolveu antes e não há nada como isso neste mundo. Portanto, eu abrirei esta ideia para todos para o benefício e o bem-estar das pessoas. E todos receberão esta benção de Deus. Com isso, esperamos que todos tenham unidade. Nosso Reiki Ryoho é um método original de terapia usando o poder baseado no Reiki, que é um poder universal do universo. Com isso, em primeiro lugar serve para os próprios seres humanos sejam eles mesmos fortes e saudáveis. Em seguida, para melhorar seus pensamentos, para ser leve e saudável, e para a vida humana ser agradável. Hoje em dia, de dentro e fora da vida nós precisamos de melhoria e de nos reestruturar, nos distanciando das doenças e sofrimento, muitos companheiros têm mente preocupante sobre a doença e acidente. Atrevo-me a ensinar abertamente este método.” (Mikao Usui in Arai e Rivard, 1998, p.6).

Mikao Usui é um defensor de que um conhecimento tão importante para a humanidade seja disseminado de forma clara e simples. Peço o leitor para que perceba que o mestre faz uma distinção entre o Reiki Ryoho e o Reiki, caracterizando o Reiki Ryoho como “poder baseado no Reiki”. O Reiki Ryoho caracteriza-se pela prática (desde à sintonização, os ensinamentos técnicos ao uso amplo da técnica) que permite o aluno a entrar em contato e conectar-se com a energia Reiki, a energia universal da vida, para assim transmiti-la. Nesta concepção, percebemos que o poder do Reiki não está limitado ao praticante, tampouco a tradições. O praticante, humildemente, torna-se um canal da energia que está em Tudo.

No manual Usui Reiki Hikkei, o entrevistador questiona Mikao Usui se este poder pode ser utilizado apenas por pessoas selecionadas. Sua resposta demonstra que este é um poder que pertence a todos, não se restringindo ao ser humano:

“Isso não é verdade. Toda existência possui a energia curativa. Plantas, árvores, animais, peixes e insetos, mas especialmente um humano como o senhor da criação, tem um poder notável. Usui Reiki Ryoho materializa o poder curativo que o ser humano tem.” (Mikao Usui in Arai e Rivard, 1998.).

Por tal razão se diz que Mikao Usui redescobriu este conhecimento de cura, suas técnicas, símbolos e mantras, pois o poder curativo de energia vital e universal flui em toda forma de existência. Sendo assim, Mikao Usui tornou-se um professor deste conhecimento que foi recebido por ele através de sua conexão com um conhecimento que é de todos.

Após os símbolos iniciais recebidos por Mikao Usui, novos símbolos já foram recebidos pela humanidade, em diferentes épocas e contextos, sendo reunidos em novos sistemas de Reiki, como o Reiki Karuna seus maravilhosos símbolos recebidos espontaneamente em 1989 pelo mestre de Reiki Usui, William Lee Rand:

“Eu sinto que a cura é um estudo que nunca termina e que cada vez mais benefícios podem vir de Deus se nós procurarmos.” (Rand, 2015).

Hoje existem inúmeros sistemas de Reiki. Em uma pesquisa inicial, verifica-se pelo menos 74 sistemas distintos que surgiram após o Reiki Usui. Estes sistemas apresentam adaptações na prática, novos símbolos e técnicas. O conhecimento da prática de cura é de livre acesso a qualquer pessoa, podendo novas técnicas surgirem a qualquer momento, pois este conhecimento, como vimos nas palavras de seu fundador, jamais esteve estrito a uma tradição e muito menos a pessoas, pois o Reiki flui em tudo o que existe e todos podem aprimorar esta prática. O processo de redescobrir símbolos e técnicas de utilização desta energia vital universal, assim como Mikao Usui o fez, está nas mãos de todos.

Sobre a utilização de símbolos de Reiki, Hiroshi Doi explica que sua função é a mesma de rodas de bicicleta quando alguém anda pela primeira vez: “qualquer pessoa pode andar de bicicleta com rodas de suporte. O formato das rodas de suporte pode ser diferente, desde que sua função de suporte seja satisfeita. A mesma coisa pode ser dita sobre os símbolos de Reiki. Os símbolos fazem com que o uso da energia Reiki seja mais fácil”. (Klatt, Alexander, Furumoto, 2006).

Ainda de acordo com Hiroshi Doi, o próprio Mikao Usui não fazia uso dos símbolos do Reiki e alertava, dizendo:

“Use os símbolos bem. Use-os mais e mais, e vocês descobrirão um estágio onde já não precisarão deles. A mente humana consegue alcançar qualquer ponto do Universo imediatamente. Vocês precisam crescer de forma a não precisar mais de símbolos”. (Klatt, Alexander, Furumoto, 2006).

Desta maneira, os símbolos auxiliam o praticante a conectar-se e transmitir a energia Reiki, com as diferentes possiblidades de aplicação, mas não são exclusivos, tampouco necessários para a transmissão da energia Reiki, mesmo os primeiros símbolos redescobertos. No livro “Reiki & Espiritualidade”, o mestre Moacir Sader relata experiências sobre o envio com sucesso do Reiki pelo olhar e pelo pensamento. Essas experiências estão de acordo com o relato de Mikao Usui sobre a energia que é emanada especialmente dos olhos, boca e mãos do praticante: “Se o curador encara ou expira sobre a área afetada, a dor irá se dissipar.” (Mikao Usui, in Arai e Rivard, 1998).

Isso demonstra que novos símbolos podem ser recebidos pela humanidade (como evidenciamos com o crescente número de sistemas Reiki e inúmeras técnicas novas de sua utilização), bem como o fato de que nem mesmo os símbolos iniciais do Sistema Usui são necessários para a utilização do Reiki. O objetivo do símbolo e seu mantra é direcionar a energia para determinada função, sendo possível o praticante chegar ao estágio de não precisar manter a emissão de energia dependente do procedimento dos símbolos, como o próprio fundador do Reiki, pois já integrou tanto sua função quanto seu significado.

Como vimos, para Mikao Usui, a humanidade tem a capacidade de desenvolver toda esta técnica sem depender exclusivamente do uso de símbolos. Ele deixa claro que a prática levará o praticante a independer de sua utilização. Isso vale tanto para os símbolos do sistema Usui, quanto os novos símbolos que são recebidos por outras pessoas por canalização e que posteriormente se transformam em novos sistemas de Reiki.

Podemos concluir, nesta ótica, que os praticantes de Reiki ainda precisam do auxílio dos símbolos que foram canalizados por Mikao Usui e que são canalizados por diversas pessoas, dado a seu significado muitas vezes complexo se comparado ao modo de vida atual, não facilmente integrados nas pessoas no dia a dia. Os símbolos simplificam e concentram significados profundos de conexão e amor. O Reiki, sendo a inteligente energia vital e universal, é fluida, mutável, sendo possível de ser canalizada à maneira que trará maiores benefícios para a qualidade de vida humana e do planeta.

A humanidade alcança estágios em que novos conhecimentos são necessários e, portanto, novos símbolos são redescobertos. Isso demonstra o quanto o Reiki é uma energia vital universal inteligente, ampla e maravilhosa e que todos são igualmente aptos a serem receptores de novos conhecimentos. É conhecido pelos praticantes de Reiki que esta energia, quando aplicada, se direciona com mais intensidade onde é necessitada, seja no corpo físico, emocional ou espiritual. O mesmo pode-se dizer sobre os novos conhecimentos e novas descobertas feitas pela humanidade que remetem ao Reiki.

Quando necessário, quando a humanidade precisar e conforme seu próprio avanço, novas práticas de Reiki surgirão, como é o caso do novo símbolo de Reiki: Torusthá que foi redescoberto em situação semelhante à dos outros mestres por meio da canalização de um conhecimento de esferas superiores, transmitido por Jesus e seu amor incondicional, sendo descrito como um símbolo necessário para a situação atual vivida pela humanidade. Isto porque o Reiki, como apresentado anteriormente, não é restrito a uma escola ou sistema. É a energia que está em toda existência e, sendo uma energia vital de cura e que está presente em todo o universo, contribuirá para o avanço da humanidade.

Nas palavras de Hawayo Takata, Grã Mestra de Reiki, a existência desta energia independe de qualquer tradição específica, pois este poder “é insondável, imensurável, e sendo uma força universal da vida, é incompreensível para o homem.” (Takata, 1935).

O meio pelo qual isto é feito, uma vez que a humanidade ainda não possui o conhecimento sobre o Reiki de forma instintiva, é o surgimento de novos símbolos e técnicas que emitirão uma nova forma específica de energia. Os conhecimentos novos que são redescobertos pela humanidade remetem à situação vivida pelos seres humanos e o planeta: épocas distintas, crises mundiais e o próprio mérito de conhecimento da humanidade, pois a evolução do conhecimento é necessário para a aprimorar nossa capacidade de amar, a conexão entre os seres humanos e o mundo. Assim como tudo o que existe está em perpétua mudança e transformação, o mesmo ocorre com o conhecimento, o mesmo ocorre com o Reiki. Estamos em evolução.

Yantras e Mantras

Os símbolos de Reiki, desde os primeiros redescobertos por Mikao Usui, são acompanhados por mantras ou sílabas sagradas, que, junto ao desenho dos símbolos, ativam a emissão de energia. A palavra Mantra, do sânscrito, significa “elocução sagrada”, consistindo em sagradas fórmulas verbais utilizadas por várias civilizações e religiões, tais como hinduísmo, budismo e catolicismo, bem como em práticas espirituais sem vínculo religioso.

Os mantras são sons, sílabas ou palavras que possuem energia sonora e que movimentam outras energias, incluindo a pessoa que emite o som. Sua característica é a repetição dos sons ou sílabas quando entoado (seja em voz alta ou mentalmente), criando assim um estado de concentração e conexão espiritual.

No budismo alguns mantras são entoados através de 108 repetições e seus praticantes utilizam as pedras do japamala para orientar-se na contagem.  No catolicismo, há o rosário. No rito ambrosiano, um dos ritos litúrgicos ocidentais da Igreja Católica, repete-se a prece “Kyrie Eleison” três vezes ao final da missa e também é utilizado em cantos. No século V, a prece era cantada por monges gregorianos. No rito bizantino, a mesma aclamação é repetida diversas vezes. A mesma prática de repetições também é utilizada no Yoga e por yogins, com diversos objetivos: concentração, tranquilidade, energização, preparação do corpo para a prática física, união com energias universais e conexão com o Todo. O mantra Om, também utilizado no Reiki, é o mantra mais entoado no mundo e considerado a fonte de todos os mantras. Om é o som primordial, o som da vibração do universo.

Outra característica importante é que, geralmente, os mantras pertencem a línguas arcaicas e línguas mortas como o sânscrito e latim, uma vez que estas línguas não mais sofrem a modificação pelo tempo e os significados das sílabas continuam preservados.

O escritor John Blofeld, em seu livro “Mantras: Palavras Sagradas de Poder”, explica que o praticante não precisa se preocupar com a pronúncia correta dos mantras (oriundos de línguas tão antigas), uma vez que não depende da enunciação correta, pois:

“Se assim fosse verdade, os mantras sânscritos pronunciados por chineses ou japoneses dificilmente poderiam ser eficazes, pois os sons que emitem quase não são reconhecidos em sânscrito. Aum e Om se transforma em Um, Ong ou Ang em várias línguas e dialetos e, no entanto, permanece maravilhosamente eficaz quando as condições mentais que governam o uso das sílabas mântricas são observadas com correção. (...) O poder do mantra reside menos no som do que na mente de quem o emprega.” (Blofeld, 1988)

Na prática do Reiki os símbolos são acompanhados de seus mantras, em repetições de três vezes. Também podem ser pronunciados ou entoados em voz alta ou em pensamento. Cada símbolo e mantra utilizados no Reiki também possuem objetivos específicos.

Em novembro/15, através de uma sintonização de mestrado de Reiki Usui ministrado pelo mestre Moacir Sader, em uma experiência de encontro com Jesus vivido por uma iniciada no Mestrado Usui, um novo símbolo cósmico (yantra) e seu mantra foram ensinados. A urgência deste ensinamento fez com que não mais sua utilização estivesse restrita aos praticantes de Reiki e se estendesse para todas as pessoas do planeta.

O ensinamento de um novo símbolo ocorreu dois dias após um grande ato de violência, para qual todo o mundo voltou sua atenção. A violência faz com que todos voltem seu olhar para a situação alarmante que hoje ocorre em nosso mundo. O terror e o medo são disseminados através de ameaças e promessas de violência, mudando rapidamente a situação de nosso mundo para um grande estado de alerta.

O conhecimento transmitido por Jesus ao ensinar o novo símbolo nos orienta a não nos influenciarmos pelo ruído externo do mundo, com uma mensagem clara quanto aos acontecimentos recentes no mundo:

Entristece-Me ver aqueles que falam em nome de Deus para justificar atos que ferem a humanidade, em qualquer nível. Deus é amor. Nenhum ato de desrespeito à vida pode ser atribuído a Ele. Este mundo somente irá elevar-se quando o ser humano conseguir assumir as rédeas do seu próprio destino, quando ouvir e agir de acordo com sua voz interior.

Diante da importância e a urgência deste ensinamento para não nos deixarmos distrair com a violência praticada pela falta de amor, iniciei algumas pesquisas quanto ao mantra do novo símbolo, o “Torusthá”.

Como apresentado anteriormente, os mantras são junções de sílabas ou palavras. Para realizar a pesquisa de seu significado, separei o mantra em duas partes: torus e tha. Apresentarei a seguir os significados encontrados a partir da tradução que fiz do artigo “Torus – Dynamic Flow Process” disponível no site Cosmomety (www.cosmometry.net), que será apresentado a seguir.

“Torus”

O Torus (ou Toro) é um padrão primário do universo, desde átomo às galáxias. Pode ser observado em qualquer parte da natureza e mesmo no campo eletromagnético que circunda a Terra e o ser humano. Sua representação é de uma energia dinâmica que flui para o centro, atravessando esta extremidade, circundando ao redor de si e retornando para o vórtex inicial.

Fonte: antiprism.com

No Torus, todas as forças são iguais e equilibradas. Plantas e árvores possuem o mesmo fluxo de energia. Furacões, tornados, campos magnéticos ao redor de planetas e estrelas e galáxias inteiras possuem o sistema toroidal de energia. O mesmo ocorre com estruturas atômicas.

De acordo com Lefferts (2011), no modelo da cosmometria, o Torus é a forma fundamental do fluxo de energia balanceada encontrada em todos os sistemas sustentáveis, em todas as escalas. O Torus é o componente primário do fluxo de energia e cada entidade individual tem sua identidade única e, ao mesmo tempo, está conectado com o todo:

“O ser em um Universo toroidal pode ser ao mesmo tempo separado e conectado a todo o resto.” (Arthur Young)

Desta maneira, ocorre uma troca dinâmica entre a energia e a consciência em toda a experiência cósmica. Por isso, é também chamado de “o movimento do Todo”. No centro do Torus, todo o sistema encontra-se no estado supremo de quietude e balanceamento, perfeitamente centrado em um ponto de singularidade. (Lefferts, 2011).

O sistema Torus possui uma característica primária de troca: o indivíduo é influenciado por seu ambiente ao seu redor e o ambiente ao redor é influenciado pelo indivíduo, em um balanceamento rítmico e contínuo:

“...uma relação de reciprocidade permite uma relação qualitativa entre estrutura e fundo, em que cada um tem o potencial não só para ‘impactar’ o outro, mas gerar transformações na natureza do que cada um realmente é.” (Fonte: The Essential David Bohm, citado por Lefferts, 2011)

Conforme apresentado por Lefferts, (2011), a bióloga evolucionista, Elisabeth Sahtouris, identificou as características e princípios de sistemas vivos saudáveis (de células a organismos e ecossistemas da Terra): quando essas características estão presentes, o sistema é balanceado e completo. Quando estas características estão comprometidas ou ausentes, o sistema perde o equilíbrio e se torna disfuncional e corrompido ao ponto que poderá entrar em completo colapso. Essas características são:

Autocriação, complexidade, autoconhecimento, autoregulação, capacidade de resposta ao estresse interno e externo ou qualquer outra alteração, troca de energia, transformação de matéria ou energia, empoderamento de todas as partes componentes, comunicação entre todas as partes, coordenação de partes e funções, equilíbrio de interesses negociados entre as partes e o todo, reciprocidade das partes em mútua colaboração e assistência, balanceamento eficiente pela resiliência, conservação que funciona bem e modificação criativa daquilo que não está funcionando bem.

“Todas as coisas, materiais e espirituais, são originários de uma fonte e são relacionados como se fossem uma família. O passado, o presente e o futuro estão todos contidos na força da vida. O universo surgiu e se desenvolveu a partir de uma fonte, e nós evoluímos através do processo ideal de unificação e harmonização.” – Morihei Ueshiba, “A Arte da Paz”.

Unificação e harmonização: este é o limiar da evolução nos encontramos agora em um novo nível de dinâmica e complexidade globais. Temos sistemas de tecnologias, economias, governos, educação, etc, que não representam adequadamente as características dos sistemas vivos saudáveis. Como tal, eles estão chegando ao fim de sua viabilidade e estão ou vão entrar em colapso, ou tornar-se equilibrado e completo em um nível superior de organização e coerência. A escolha que temos agora - talvez a única opção viável - é alinhar esses sistemas com o que agora nós compreendermos ser o caminho pelo qual o cosmos cria sistemas saudáveis ​​e sustentáveis. (David McConville, citado por Lefferts, 2011).

O Campo Unificado tem um potencial infinito de energia e criatividade. Ela expressa esse fenômeno como física e metafísica - energia e consciência - em um fluxo contínuo e em constante evolução. A coerente auto-geração mais equilibrada e auto-sustentável de fluxo dinâmico é o Torus. Podemos fazer isso pessoalmente, aprendendo como nos tornar centrados e incorporar o fluxo dinâmico do Torus de nossos próprios seres de energia (que estabiliza e integra nossos corpos físicos, mentais, emocionais e espirituais). (Lefferts, 2011).

Podemos fazer isso coletivamente por entender que esta mesma dinâmica se estende para o fluxo equilibrado de informações e recursos em todas as sociedades locais, regionais e continentais. Este é um olhar sobre o poderoso efeito em todos os níveis do nosso ser humano, terrestre e cósmico, que a aplicação do processo de fluxo dinâmico do Torus e as características e princípios dos sistemas de vida saudável pode trazer para o nosso mundo. (Lefferts, 2011).

Como pudemos ver, é impressionante a semelhança da mensagem transmitida por Jesus ao apresentar-nos o novo símbolo com o conhecimento prático sobre o Torus. O alerta para que não percamos o equlíbrio e que toda a nossa energia possa se voltar para dentro, para o nosso centro. Para que possamos nos centrar mesmo diante de situações externas onde, realmente, a coerência não parece existir. Permanecendo centrados, preservamos o nosso funcionamento, nosso fluxo de energia que tem muito a contribuir com o planeta. Como? Não nos deixando distrair pela violência e o medo, centrando nossa energia na maravilhosa energia da compaixão. Devemos buscar compreender o que ocorre com o mundo e aprimorar ainda mais a nossa compaixão pelo outro. A única maneira de fazermos isso é encontrando o nosso centro: o coração, o amor, para então direcionarmos essa energia para fora, o que todos podem fazer e os reikianos possuem símbolos e ténicas apropriadas.

O corpo humano na gestação se desenvolve a partir de um único órgão, o coração, que é nossa singularidade humana. Deste único ponto, todo o restante do corpo humano se desenvolve, o mesmo processo ocorrido em tudo no universo, e com o próprio universo. O coração, portanto, é o ponto pelo qual a energia precisa retornar e ser emitida.

“Na dúvida, siga sempre a intuição, siga sempre o caminho do amor.” (Mensagem do ensinamento de Jesus do novo símbolo)

“Tha”

Para compreender o significado do “tha”, presente no mantra “Torusthá”, parti do princípio dos mantras, apresentado anteriormente neste texto, de que os mantras originam-se de línguas antigas. Pesquisei inicialmente de forma geral, sem encontrar muitos resultados. Em seguida, tive a intuição de pesquisar na língua árabe. Em seguida, busquei pela língua original de Jesus, o Aramaico. Encontrei os seguintes dados:

Tha, com a pronúncia “thá”, a mesma pronúncia do mantra ensinado, é um verbo aramaico que significa “venha!”. É utilizado na palavra “maranatha”, traduzida como: “senhor, venha!”.

“Ephphatha” – De estrutura semelhante à palavra anterior e ao mantra ensinado junto ao novo símbolo de Reiki, esta é a palavra aramaica dita por Jesus em Marcos 7:34, mantendo-se presente nas traduções:

32 Algumas pessoas trouxeram um homem que era surdo e quase não podia falar e pediram a Jesus que pusesse a mão sobre ele. 33 Jesus o tirou do meio da multidão e pôs os dedos nos ouvidos dele. Em seguida cuspiu e colocou um pouco da saliva na língua do homem. 34 Depois olhou para o céu, deu um suspiro profundo e disse ao homem: - Efatá! (Isto quer dizer: “Abra-se!”).

35 E naquele momento os ouvidos do homem se abriram, a sua língua se soltou, e ele começou a falar sem dificuldade.

A palavra Ephphatha ou Efatá pode ser traduzida como “Esteja aberto” e está presente no grego e no aramaico e a fala original de Jesus foi preservada nas traduções. Assim como o Torus, precisamos estar abertos para o fluxo dinâmico de energia fluir para o centro (o vórtex) para que o equilíbrio do sistema possa se estabelecer.

Na passagem bíblica, Jesus diz ao homem para que se abra. Em seguida, a cura ocorre, seu sistema volta ao equilíbrio. Ele voltou a ouvir e sua fala tornou-se funcional.

Desta forma, o símbolo que Jesus presenteou a todos neste momento de turbulência planetária, o Torusthá, apresenta em sua composição semântica precisamente o sentido ensinado por Jesus, abrir-se ou retorno ao interior a partir do silêncio, na busca do equilíbrio, da harmonia energética, deixando apartado e longe dos ruídos externos.

Como consta no artigo de Moacir Sader “Jesus ensina novo símbolo iniciação de Reiki” Torusthá é o símbolo (desenho e mantra) que “abre o canal da inspiração, gera o retorno a si e comunhão com o Deus interno” e ajuda “na obtenção das respostas intuitivas para todas as questões, propiciando, certamente, o despertar para a elevada espiritualidade, o que se apresenta uma necessidade para todos. Assim, é preciso praticar esta captação interna, via intuição, que tem origem divina. Deus está dentro de nós à espera de nossa atenção, via silêncio, para nos dizer do verdadeiro caminho a seguir e responder às nossas indagações”.

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Tainá Barreto é Mestre de Reiki Usui e Karuna.
tainabarretos@gmail.com

Referências

ARAI, Emiko., RIVARD, Richard. Usui Reiki Hikkei, 1998. Disponível em http://www.ascensionreiki.com/Usui%20Reiki%20Hikkei.pdf.
KLATT, Oliver., ALEXANDER Don., FURUMOTO, Phyllis. Reiki Systems of the World: One Heart – Many Beats. Lotus Press: 2006. Disponível em: http://tinyurl.com/pfygda9.
LEFFERTS, Marshall. The Torus: Dynamic Flow Process. Cosmometry, 2011. Disponível em http://www.cosmometry.net/the-torus---dynamic-flow-process
SADER, Moacir. Reiki & Espiritualidade. Clube de Autores: 2014.
BLOFELD, John. Mantras: Palavras Sagradas de Poder. Cultrix: 2a. ed, 1988.
RAND, William. Karuna Reiki® questions and answers, 2015. Disponível em: www.reiki.org/reikinews/rn970103.html
TAKATA, Hawayo. Extratos dos diários de Takata-sensei, 1935.

Assista ao vídeo com voz e texto de Moacir Sader: Torusthá, um presente de Jesus

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